Corpo sincrético partilha....Auto do Círio 2014 - Senhora de todas as artes em Belém/Pa







Juremeiros e juremeiras,  mateiros curadores naturais. eis o dia!

Sext-feira, dia de Oxalá, DIA DO[S] DEUS[ES]!

Bem-vindos à energia que regerá nossos corpos nesta presentação de arte curativa.
Nessa segunda EXU abriu o tempo para o jogo oracular. 
Cada dia uma chama nova. 24 velas ligadas, nossas vidas em canalização lunar sob a regência do REI SOL.
Na quinta, 09/10,  véspera, chegamos às 19h já na gira de cura, a nossa propria em sinergia: mentalizações, cantos-pontos, passes, ceia, tratamento de cura do coletivo, boas vibrações, entrega de oferenda aos senhores que regerão este trabalho.

XANGÔ pediu o ebó pra condução do AUTO e delegou a OXUMARÉ o comando da missão, portanto:

FESTA, BRILHO, COR, GRANDEZA, PURIFICAÇÃO, REINTEGRAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO NO FAZER ARTÍSTICO.
SACERDÓCIO DA ARTE NO MUNDO CENA!

A cor da véspera foi BRANCO. Quem pôde levou uma flor natural ou artificial, qualquer cor. Tudo podia para ofertar!

A cor do dia do auto foi PRETO BASE (todos começaram com preto) e as cores, muitas ou de acordo com o que cada um 'recebeu' concebeu pra figurinos individuais.  Cores que foram surgindo no decorrer do trabalho).

Nosso horário na sexta-feira 10/10 (dia do auto) foi 18h horário para integração pra sentir e integrar o espaço no JÁ IR SENDO...

No dia a dia segui nos alimentando como ‘pão diário’.

Orações por mim, por minha cabeça, meu espírito foram bem vindas, aconchegantes. Tem sido lindo e muito difícil conduzir a missão, mas estamos juntos.

A gente nunca está pronto, nos preparamos em tentativa e no junto.
Será lindo...eu vejo...linda imagem da ceia dos deuses do teatro!
Obrigada, muito obrigada pelo SIM de cada um e cada uma ao lindo trabalho!

Todos colheram os frutos desse aceite generoso, basta acreDITAR.
Axé, amém, aleluia, saravá, namastê,  evoé.
Abaixo algumas informações acerca de nossos guardiões.
Amo-vos.
Rosilene da Conceição
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corpoÉXU...MARÉ

a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.
É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele. Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o princípio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.
oxumare
No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam Brajá – longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente. Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê
Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.
Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, “filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes”. Em outra lenda o mesmo tema aparece: “Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente”.  Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.
Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.
Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.
Arquétipos
Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor dos necessitados, com a maior facilidade, contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza. Nessa fase estão no arco-íris, a fase mais doce e sincera que possuem.
São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se tornam terríveis quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de Oxumarê, o seu lado mais perigoso, que é a falsidade e a perversidade.
Tudo muda em suas vidas: Os amigos, os romances, as cidades que moram. Gostam de mudanças e quando a fazem, se tornam radicais. Podem desenvolver a bissexualidade, pois faz parte da característica deste orixá, que é 6 meses homem e 6 meses mulher, não que seus filhos tenham os dois sexos, mas que podem gostar e sentir atração por homem e mulher, de forma natural.
oxumare-orixa
Veja também:
Exu – A mensagem
Ogun – A guerra
Obaluae – A cura
Yemanjá – A família
Oxun – A riqueza
Ewá – O tempo
Ossain – As ervas
Oxalá – A paz
Logunedé – A beleza
Xangô – A justiça
Oxossi – A caça
Iansã – Os ventos
Nanã – A sabedoria
Ibeji – A alegria
Obá – O equilíbrio

Comentários

Marcelo Marat disse…
Ótimo ensaio sobre a cultura afro; uma rica mitologia que poderia virar série em quadrinhos no Brasil: super-heróis ou algo mais sombrio como a linha Vertigo... Mas estou divagando...

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