INstalação PERFORMativa ‘A partir das 8’ com EWÁ: Corpo Sincrético



Corpo e Mapa

(Por Wallace Pantoja)
 
Não é no olho que mora a alma, é no gesto, no pronunciamento de encontro ao outro, sem reticências e sem meios termos, vamos a um comprometimento com as idéias-força que se concretizam em formas-conteúdos:

1.    1.  O corpo é marca e é matriz, nada ad infinitum, na realidade é na sua finitude que se faz ponte e porta para o(s) outro(s), uma totalidade carente do encontro para se fazer;
2. O corpo é espaço, chega de sequência, chega de tempo que transcorre, vivemos a simultaneidade no corpo, porque se ele carrega marcas-memórias, elas não aparecem como sequência em nós, mas como mistura, como presença e, portanto, matriz de novos sentidos para o corpo que se projeta, mas, sobretudo, para os que entram em contato com esse corpo;

2.    3. Tempo não é sequência, é trajetória, atravessa (o corpo, o outro) inscrevendo ritmos não histórias, porque a história só se constrói atribuindo sentido-significado a posteriori, mas o corpo, antes de mais nada sente-experimenta; que os outros possam atribuir o sentido que emerge do corpo como espaço presentificado em mapa sincrético;
3.    Instalar é construir uma relação entre trajetória e espacialidade, afirmar o tempo-espaço ou o espaço-tempo parece uma obviedade, porém, torná-lo uma experiência mobilizadora de uma coletividade heterogênea não é nada óbvio, como representar o irrepresentável? Um caminho possível: criar trajetórias que coexistam numa espacialidade que não é só fundo, mas figura.

4.    5. O mapa é uma representação do real, mas podemos subverter a própria idéia de mapa - criar uma irrepresentação a partir da experiência sincrética do corpo como coetaneidade (coexistência dos múltiplos)?
5.    Pensando além do horizonte de possibilidades porque Ewá não é o fim instalado, mas o começo da instalação!

Por Wallace Wagner (postado em 03/06/2013)

SENSIBILIZAÇÃO COM INSTRUMENTOS MUSICAIS

As palavras são viagem, movimento, silêncio. Os versos " Se ficar me vou, se vou sou voo, quando voo eu sou." ; "Desse marulhar, luar, um verso meu e nosso. Verso colibri. Luanda em mim."; "Obaluaêeee, obaluaêeeee! Oxóssi gritou na mata, abriu pra Exu que gostou da mesa e se deitou pra deusa do céu lilásl"...
(Por Rosilene ao Diego  postado em 2013)

 






O Corpo Comunga. Casarão dos Bonecos. Julho de 2013. Belém/PA













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