Protagonismo discente: um desafio cotidiano!



QUESTÃO NORTEADORA: 

O ER e suas categorias devem estar, dentro da perspectiva dos pressupostos metodológicos, que na estrutura apresentada por Anísia Figueiredo, deve ter seu lugar inserido:
“(...) como parte do projeto global. Tal projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as potencialidades do educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos, racionais, sociais, filosóficos e outros mais. (...) Não é possível uma nova prática metodológica em Ensino Religioso, sem considerar o processo educativo de forma abrangente, o que implica na concepção de seus objetivos, conteúdos, procedimentos em relação ensino-aprendizagem, com os determinantes dos processos sociais em suas dimensões culturais, ideológicas, éticas, religiosas, políticas e suas implicações, considerando o contexto no qual está inserido o educando. (FIGUEIREDO, 1995, pág. 113)
E como você tem contemplado essas reflexões nos planejamentos e nas aulas de Ensino Religioso da sua escola?
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Segundo o Projeto Educativo do Brasil Marista, "o estudante tem um ofício, uma arte de fazer e um saber fazer. Pesquisa, trabalha com dados, analisa, lê, escreve, questiona, busca novas informações e desenvolve a capacidade de identificar e solucionar problemas, utilizando diferentes linguagens, mídias e tecnologias. No movimento de produção do conhecimento, vai além das exigências do professor ou de conhecimentos já sistematizados" (PEBM, 2010, p. 74). 

No âmbito do SR/ ER, no que se refere aos conteúdos propostos, estratégias de ensino, uso de recursos, avaliação e ambiências, isso não pode se dar em separado. Como área de conhecimento o campo em questão precisa de um espaço igualmente alfabetizador que o inicie e com ele caminhe sedimentando códigos e linguagens próprias de uma prática cotidiana que objetiva contemplar, cada vez mais, o protagonismo do educando, envolvendo-o o quanto possível nas demandas de estudo e pesquisa, mote que possibilitará a ele uma instrumentação necessária à aquisição de uma aprendizagem global.
O desenvolvimento de aulas dinamizadas pela socialização de saberes possibilita buscar a criticidade e aprimorar as aprendizagens de forma interdisciplinar compreendendo o ato de aprender, e aprender a aprender como um ato útil à vida,à coletividade, prazeroso e rico de sentidos.

Não é de forma teórica apenas que alcançaremos este objetivo. Precisamos de momentos peculiares de uma reflexão contextualizada, aproximada do cotidiano que nos cerca- porque os educadores também estão desenvolvendo o olhar mais criterioso sobre seu pensar e fazer em ER na atualidade!. De forma concreta- tanto quanto possível!- precisamos procurar enxergar para além das aparências e das superficialidades que dividem as pessoas em credos e diferenças. É preciso compreender o fenômeno religioso e a experiência religiosa com base numa cumplicidade holística, integralmente ligada com a causa do conhecimento que pulsa na vida diária que tão bem nos representa como seres inconclusos, que se constituem sujeitos apenas quando trocam entre si e aprendem com isso.

Na Ed. Infantil e 1º Ano do EF, onde desenvolvo minhas atividades docentes com crianças de 02 a 06 anos de idade, o Sentido Religioso tem descoberto o seu sentido de ser e de estar a partir da realidade das infâncias atendidas por nós. A ludicidade, a musicalidade, o exercício de olhar, contemplar e falar sobre imagens, as brincadeiras individuais e coletivas, as idas à capela, o contato com objetos e símbolos, a mística do acolhimento especial em cada aula tem sinalizado que e as diferentes atividades operalizadas dentro das específicidades das séries,até aqui, têm procurado aliar FÉ, VIDA e CULTURA numa relação de total dependência, sem a qual não podemos pensar nossa atuação em tempos de reorientação curricular no espírito de presença e ternura no exercício pleno de nossa mediação didática. Espírito coletivo que nos anima a prosseguir. Um desafio que é cada vez maior, mas não mais forte que o desejo de caminhar juntos, superando dificuldades e limitações,em busca de descobrirmos novas formas de ver, fazer e experimentar a transcendência no dia-a-dia de nossas salas de aula.

*(Texto-discussão apresentado no Fórum II do Módulo II do Curso Fenômeno religioso: conceitos, categorias e dinâmica curricular a partir da questão norteadora)

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