Lição de Casa: Colégio CEI promove encontro de Arte e Cultura num caldeirão de diversidade.

Inúmeros espaços de formação- e porque não dizer todos eles!- tem se colocado o objetivo, quase missão, de reunir em seus eventos internos projetados para ampla visibilidade externa, eventos intitulados "de cunho científico-artístico-cultural", o tão desejado encontro das Arte(s), da Cultura e da Educação privilegiando a infinidade de identidades, carismas e manifestações populares presentes nos diferentes lugares do globo habitado, ou não.

De tudo que sabemos, ouvimos, estudamos, pesquisamos, por certo, resta-nos a certeza de que toda empreitada nesse sentido é sempre bem vinda e que sempre temos algo a aprender com o potencial criativo presente na infância, na adolescência e na juventude que julgamos, erroneamente, apenas aprendizes.

Hoje, sábado de manhã, dediquei-me a fazer uma dessas outras e importantes leituras contextuais que o movimento vivencial da vida presente nos dá por PRESENTE Estive como "visitante-mãe" da Mostra científico Cultural do Colégio CEI em Icoaraci e devo dizer, que não pude passar por essa experiência sem fazer o registro das sensações que o evento me oportunizou, antes de tudo sentir e, somente depois, refletir.

Ao chegar ao Colégio uma sensação estranha de "sufoco", entra-e-sai de públicos de todas as idades, num fluxo intenso de corredor e filas- várias!- que (retro) alimentavam as sessões propostas por cada turma/ equipe de trabalho, aglomerando às portas das salas, que "guardavam" os criadores-intérpretes que desdobravam-se a oferecer com qualidade aquilo a que haviam se proposto organizar em meses de preparação entre angústia, divergências, novidades, ajustes e afinco, porque de tudo isso é passível prevê uma empreitada de sucesso como desta que vos falo.

Os adolescentes e jovens, meninos e meninas sob a orientação de seus mestres (divididos em ministrarem os conteúdos propostos nas GRADES curriculares num tempo que corre veloz e avassalador e na necessidade de administrarem a ansiedade, a imaturidade e a inexperiência presentes naqueles corpos sedentes de um outro tipo de relação com o espaço escolar); moços e moças, com seus braços de polvos, estavam ali, diante de nós, com uma vontade de acertar, com uma ânsia de fazer bem feito, com requinte de finalizações e bom acabamento.

Acertaram, sim! O alvo foi atingido.

O evento realizado cumpriu seu papel artístico, estético, poético e, desejo eu, social e político, pela reflexão que nos propuseram ao deixarmos o prédio que abriga nossos filhos por quatro horas diárias de suas/nossas vidas, por um trajeto que chamamos, lamentavelmente, PERÍODO LETIVO, pelo qual pagamos e muitas vezes nos isentamos de qualquer responsabilidade acadêmica com provável notícia de insucesso.

A aprendizagem não tem tempo, não escolhe lugar, assunto, ocasião e muito menos pessoas com quem trocar saberes/informações/conhecimento. Aprendizagem se dá no tempo do acontecer das coisas que dialogam com aquilo que realmente faz sentido em nossa vida, porque APRENDIZAGEM é sinônimo de acréscimo, da sensação de que algo segue com a gente depois que o evento ( ocorrido/ vivido) passa, é esquecido...

O que esses sujeitos educativos tem construído e apresentado às suas comunidades, familiares, amigos e apreciadores anônimos, precisa ser encarado de frente, na inteireza de sua feitura e com o investimento que uma educação de qualidade possa lhes conferir, (re) significando sempre esse Ser/ Fazer/ Viver. Nós pais, educadores e técnicos pedagógicos precisamos estar bem certos disso.

Melhor dizendo: esses trajetos precisam voltar para sala de aula, serem (re) discutidos, (re) vistos, "esgotados" pelas lentes e pela fala da avaliação formativa, processual que favorece um nosso olhar sob o protagonismo deses aprendizes-mestres denominados alunos/as. Como retorno, precisam ser confrontados à luz de tudo que estamos ensinando e julgando satisfatório para uma geração que está sinalizando, o tempo todo, o que realmente querem discutir e aprender nessas/ dessas discussões, conversas pedagógicas, encontros dialógicos como quer que queiramos chamar a reunião de educadores e educandos.

Aos trabalhos que tive a chance de visitar, O do 8º e 9º Ano que tratava da Evolução da Gastronomia no Mundo, em diferentes países visitados pela pesquisa bibliográfica e do Ensino Médio (2º Ano se não estou enganada) cuja temática versava sobre uma retrospectiva pela filmografia em distintos períodos e gêneros, filmes que entraram para a história do cinema e contam histórias de diferentes pessoas ao longo dessa jornada fílmica -pois que não tem uma história pra contar, uma música, um amor, uma saudade pra lembrar diante de um filme que tocou nossa existência?!rr- viagens significativas e fundamentais ao conhecimento da outridade e da diferença que nos caracteriza humanos.


Continua (...)


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