Participação no Fala sério da XIV Feira Pan- Amazônica do Livro 2010


Muito importante e bem vindo o convite para participar de um espaço de discussão sobre a temática Bullying, com o tema "BULLYING: do que afinal estamos falando?" conversa informal com alunos, educadores e demais visitantes da feira, o que ocorreu dentro da programação do evento no dia 02/09/10, no horário de 15h às 17h, no Auditório Waldemar Henrique.
O público que compareceu deu sinais de grande interesse pelo assunto, dirigindo-me questões de muito bom nível o que deve nos levar a alguns lugares de reflexão:
1º- As crianças e adolescentes vivem a realidade bullying nas escolas, seja como vitimados, seja como platéia, isso é fato, disso não podemos mais nos esquivar;
2º- Os educandos tem uma base de informações bem mais sólida que os educadores, por estarem em permanente contato com as notícais e dados que obtém na internet (pelo menos foi o que pude perceber no bate-papo, uma vez que a participação se deu em maior parte por iniciativa dos educandos presentes);
3º- Nossa formação inicial precisa ser revista urgentemente; precisa agregar conhecimentos em torno de questões emergentes como violência urbana e agressividade escolar na perspectiva transversal, transdisciplinar e mobilizadora de práticas que sinalizem forma próprias de se lidar com tais problemáticas no contexto vivencial dos sujeitos. ambientes nos quais ela se efetiva e consolidade dia-a-dia. A formação continuada também ainda não colocou tais demandas na ordem do dia o que tem diminuido as chances de combate precoce em muitos casos,
3º- O fenômeno Bullying deve e tem urgência em ser discutido e analisado em todas as esferas da vida humana em sociedade, provocando a escola e a sociedade em geral para atuarem em prol de sua contenção, evitando tantos danos as partes envolvidas. Precisa ser entendido no âmbito da nossa ação pedagógica, daquilo a que a escola se propõe com agência formadora que é educar para os princípios da convivência social fraterna e o respeito inquestionável às diferenças, hj compreendidas de forma mais clara no interior da escola inclusiva que se deseja efetivar;
4º- A feira do livro vem se consolidando a cada ano como um espaço de formação, de produção de conhecimentos nas mais variadas áreas por meio de eventos que reclamam o protagonismo de quem dela participa, de quem a faz acontecer em qualidade e potencial.
À SECULT o muito obrigado pelo convite, pela possibilidade de poder somar conhecimentos, dividindo experiências e combinando vida, arte, educação num jogo de pensar-fazer para desfazer certas camadas de desinformação, discriminação e preconceitos plurais que nos impedem de ser mais, de vivermos aquilo ao qual fazemos jus: uma vida plena, digna e cidadã. A feira, assim, ganha um caráter de ação social integrada que oportuniza desdobramentos consideráveis na educação de todos aqueles a quem a ela tem acesso.

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